Acredito que as máquinas, digo computadores, sejam arquitetados por gente inteligente.

Mas nem sempre! Há fugas, erros que as máquinas insistem e depois os meros utilizadores ficam enguiçados com o problema em mãos.

E quando a p..... das máquinas insistem que têm razão????

E a gente tem que andar a tentar resolver o problema, que eles próprios inventam????

E o TEMPO que nos faz perder?

E as PASSWORDS que nos obrigam a inventar, por causa da segurança?

Claro que uma password combinada com letras e números aleatórios, maiúsculas e minúsculas entre outros sinais de pontuação se quisermos juntar, claro que fica mais seguro, mas depois quem é que se lembra daquilo no dia a dia?????

Não há PACHORRA!!!

Custa, ó lá se custa.

A rotina muda completamente.

Os dias solarengos já não podem ser ocupados e aproveitados da mesma maneira, são distribuídos por outras coisas, menos interessantes. Talvez.

De repente o tempo que tínhamos para fazer o que nos apetece, escorre pelas mãos, começamos a correr contra o tempo, para estar em tal parte a tempo e horas. Tudo começa a ser cronometrado, como se fôssemos um corpo desmembrado a quem falta juntar as peças.

Mas o que mais me custa, embora seja uma pessoa que até acorde relativamente cedo, hábito que herdei desde que fui mãe, é levantar CEDO.

Com horas marcadas, com o som irritante do despertador ( bem, senão fosse irritante, não desempenhava a sua função)! E a PREGUIÇA???

Mas tudo passa.

E é isto.

Conclusões, deambulações e rascunhos.

Isto de ter um blog ATUALIZADO, tem muito que se lhe diga!

Diga-se de passagem, que também não tenho nenhum compromisso com o blog, quando dá para escrever, escreve-se, quando não, não.

A vida é mesmo assim, não andamos virados todos para os mesmos lados.Os caminhos são diversos.

Mas tiro o chapéu a quem o faz.

Podia escrever sobre coisas IMPORTANTES, mas não apetece, podia escrever coisas INTERESSANTES, também não dá. PODIA, mas não.

E então o que apetece?

Tudo e nada. Sem compromissos.

Este blog anda ao sabor do vento, da brisa, e aí é que me sabe bem.

O chinês cá da zona entrou em liquidação. 50% . O mulherio correu a comprar o que precisava e não precisava. Claro que eu lá estava também. Entre toda a variedade de  bugiganga que o pessoal comprava,

reparei que as preferências do mulherio recaía ...

Tcha, tchan... Nas flores de plástico!

Todas, quase sem excepção, levava umas flores de plástico na mão .Compravam flores de plástico. Fico a pensar, não seria mais bonito ter em casa, umas florinhas bonitas e viçosas mas verdadeiras? Verdes e bonitas? Daquelas que perfumam a casa?

Não, flores de plástico para a frente!

Fiquei a pensar, será que me escapou alguma coisa, e deveria ter comprado também umas florinhas de plástico para pôr num canto qualquer da sala???

( nãaaaaoooo!)

queremos fazer algo, estamos cheios da pica e temos que ir à casa de banho?

Ou temos que esperar por A ou B, que nunca mais se despacham?

queremos ver um filme e está esgotado?

e quando vamos à loja e não há o nosso número ou já venderam?

e quando vamos ao museu e a última entrada é uma hora antes ?

e quando queremos ir à praia e aparece-nos o período?

e quando queremos vestir aquela roupa e está para lavar?

e quando esperamos um mail que nunca chega ou o telefone está sempre ocupado?

e quando estamos com pressa para chegar a algum lado, e só nos aparecem carros de condução à frente?

e quando queremos estacionar e não temos trocos? ou só temos uma nota de dez?

e quando o puto embirra que não quer ir para a escola, mesmo que lhe prometamos uma goma?

e quando estamos na caixa de supermercado e a fila é enorme e a pessoa que temos à frente tem o carro cheio de compras e nós com um saquinho de pão?

e quando queremos ir a um sítio e esbarramos com o letreiro fechado?

e quando na caixa ainda do supermercado, há um item mal preçado, chama-se a funcionária que nunca mais vem, e ficamos ali todos à espera?

e quando vamos na IC 19, a tempo e horas, e de repente a um quarto do percurso, há um acidente, e ninguém consegue sair dali?

e quando despejamos o lixo e reparamos que não há mais sacos?

e quando vamos com pressa e só apanhamos sapos pelo caminho, semáforos vermelhos, pessoas a passar na passadeira e afins?

E quando vamos a uma caixa de multibanco pagar a água ou luz ou o que fôr, e não tem talão? E precisamos mesmo do talão?

E quando vamos a outra caixa de multibanco e não tem dinheiro?

Arrrrreee!

Pois é!

O que vale é que não acontece tudo no mesmo dia!!!!

Pois é, certamente não devo ser a única a ter tido este pensamento.

E quando damos conta que o que nos interessa, parece uma brincadeira de crianças, que é riscar, riscar e riscar?

Ou pintar?

Não há crise, não é grave.

Muitos percursos certamente as pessoas que chegaram a essa conclusão já o fizeram. Mudanças, talvez, para chegar mais próximo ao seu sonho.

Eu?

Também. 

Não vou mudar de profissão, óbvio, conheço a realidade.

Mas nada me impede de o ser, de praticar, lá porque não é a minha profissão principal.

E depois não é um sonho, é uma realidade que se vive dia a dia.

Melhor que o sonho.

Pois é, Posca.

E não é uma pessoa? É uma coisa, uma caneta.

Caneta essa que nos permite viajar mais longe nos rabiscos, permite fazer tudo quanto quisermos, mais para a direita ou mais para a esquerda, sombrear, destacar, e por aí fora.

Engraçado porque quando conheci o material, não gostei dele. "O traço é muito grosso, não dá para detalhes."

E sem detalhes, a coisa não funciona, perde expressão, fica vaga, evasiva, e não é isso que se pretende.

Pretende-se traços gerais num desenho, mas minúncia acima de tudo.

E quando descobrimos que afinal a dita dá para tudo?

É fantástico, é caminho a desbravar, sempre em frente.

E quando ficamos com a noía, que poderá acabar e temos que ter outra suplente, para o caso daquela acabar?

Não descansamos.

Os românticos, Deus me perdoe, mas são uns idiotas.

Não há um que escape ( hahahaha).

Eu explico.

Quando começam com aquelas conversas muito interessantes e depois muito tolas, das duas uma: ou nos estão a fazer passar por parvas ou acham que já somos uma.

Pista para desmontar um romântico da treta de um verdadeiro: ações.

As ações confluem com o que dizem? ou são só palavras para alegrar a malta; vulgo tretas?

Já não há românticos verdadeiros, essa é que é essa.

Mas sempre ouvi, e mantém-se a sabedoria: " Mais vale só do que mal acompanhado".

Talvez sim, talvez não.

Às vezes parece que sim, quando não aprendemos com o que temos que aprender, com as deceções, com as realidades à vista.

Mas como se diz para aí" as pessoas boas são as que mais se lascam ( termo brasileiro, mas bastante entendível aqui), mas são as mais felizes.

Talvez porque ainda acreditam. Acreditam nas pessoas e num mundo melhor.

É verdade e não é verdade.

Algo me diz que não.

Algo me diz que ficarei jovem para sempre, e não tem a ver com a aparência física.

Veremos.